APACAp se reuniu com a DG sobre a decisão de adiar início de ano letivo 2023

14 Fev

No dia 09/02/2023, às 16h45min, começou a reunião da Direção Geral do CAp-UFRJ, representada pela profa. Maria de Fátima, com a APACAp, representada pelos diretores Adriano Vinagre e Cláudia Maia. Participaram da reunião representantes da DAE da sede Fundão, Rafaela Vilela e da DAE sede Lagoa, Andreza Berti.

– ITEM 1: CONTRATAÇÃO DE PROFESSORES

Segundo a Diretora Geral do CAp, no final do ano passado o CAp recebeu o ranking do CEG, baseado em uma pontuação da Educação Superior, fazendo com que os pedidos de professores para Educação Infantil e NEEI, por exemplo, possuam pontuação zerada, jogando o CAp para uma posição muito abaixo no ranqueamento elaborado pelo CEG.

Com essa metodologia do CEG, não há mais avaliado o mérito da necessidade de professor substituto, mas apenas o ranking estabelecido.

O setor orçamentário da UFRJ, PR3, estipulou que poderiam ser contratados 720 professores substitutos para toda a Universidade, incluindo CAp, sendo que a Universidade pediu 900 professores substitutos, prejudicando ainda a posição do CAp no ranking para contratação de professores substitutos. A título de exemplo, dos 21 professores substitutos solicitados pelo CAp para NEEI, apenas 1 foi aprovado.

Pelo ranqueamento, o CAp efetuou pedidos junto à PR4 e conseguiu garantir as renovações de contratos e mais 16 professores substitutos, sendo a Educação Infantil privilegiada ante o término de vários contratos ao final do ano passado, além de 3 para o NEEI.

No dia 4 de janeiro foi feita reunião com a então reitora da UFRJ, professora Denise Pires de Carvalho, que sugeriu que alguns dos contratos fossem transformados de 20 horas para 40 horas semanais. A maioria dos professores aceitou a alteração, mas mesmo assim ficaram faltando 3 professores para o SOE, 2 para a Educação Infantil, 2 de Música, 1 de Artes Cênicas (Dança) para a Educação Infantil e todos os demais de NEEI.

Em novo contato com o PR4, foi informado que não havia como conceder mais vagas, devendo o CAp recorrer às vagas emergenciais do CEG. Em reunião com os professores do NEEI, foi estipulado que o número mínimo para atender os estudantes seria 13, dessas 2 vagas o CAp resolveu internamente. A DG pediu então ao CEG que transformasse 2 vagas de 20 horas em 40 horas para dar ao NEEI, faltando então 7 professores de NEEI.

Foi solicitado também à reitoria um contrato, similar ao utilizado pelo Colégio Pedro II, para a contratação de 7 cuidadores, tirando a carga dos professores do NEEI, como higiene, alimentação, etc.

São 2 vagas faltantes na EI, do SOE para o 2º, 7º e 9º do EF e em todas as turmas do 2º do Ensino Médio. A falta de professores afeta as turmas do 2º, 3º, 4º e 9º do EF. A Educação Infantil está sem aula de Dança. A falta de professores de NEEI afeta todas as turmas do EF e uma do Ensino Médio.

São 51 alunos com necessidade especiais mais graves e 48 com necessidades educacionais especiais de acompanhamento do NEEI e SOE.

– ITEM 2: SEDE DA EDUCAÇÃO INFANTIL

As chuvas pioraram muito a estrutura da sede Fundão, sendo pedida uma reunião com o novo reitor, pois não havia condições para começarem as aulas, então o reitor compareceu à sede Fundão no mesmo dia, sendo mostrado ao novo reitor. Sendo ressaltado pela DAE Fundão que o cenário de dezembro de 2022 para janeiro de 2023 mudou por conta das fortes chuvas.

A DG disse ao reitor que as aulas só poderiam recomeçar se o ETU fizer um novo laudo atestando que a sede Fundão tem condições de segurança para o retorno às aulas, não havendo garantia de início das aulas no dia 14/02/2023.

Disse ainda ao reitor que a Educação Infantil precisa de um novo lugar enquanto as obras não ficam prontas.

A reunião com os responsáveis na segunda-feira contará com a presença da DG da escola para mostrar as condições atuais da escola, para uma comunicação melhor.

Segundo a DG, não haverá alteração de local da sede Fundão até ter um cronograma de obras estabelecidos e data de retorno para a sede.

– ITEM 3: ADIAMENTO DAS AULAS e IDA AO CONSUNI

Pela ausência de respostas concretas quanto à demanda de professores, cuidadores e quanto aos problemas da sede Fundão, foi solicitada reunião com o reitor e todas as PRs da UFRJ, além da GIRAC, órgão de inclusão e acessibilidade da UFRJ, para tratar das demandas.

A APACAp pediu acesso à reunião, mas foi negado pela DG, por se tratar de uma reunião institucional da UFRJ.

Antes da saída das férias, um grupo de professores, com representação sindical, já havia se reunido e, após a Plenária, que é uma instância administrativa, esse movimento fez uma reunião de Unidade pelos professores, sem ingerência da Direção Geral, na qual foi decidido que era necessidade urgente ir ao Consuni.

A DG afirmou que o movimento docente não é movimento da Direção da escola, mas um movimento da representação sindical, não havendo como abrir a escola sem os professores após o comunicado de que o movimento docente iria ao Consuni. O movimento docente sempre existiu na escola, como nas greves, não havendo interferência da Direção da escola.

Segundo a DG, a ida ao Consuni em conjunto ao movimento dos professores foi positiva, tendo sido afirmado no Consuni pelo reitor que a estratégia de pressão para a reunião de hoje, 10/02/2023, deu certo. Ainda segundo a DG, passaram-se meses em conversas de gabinete que não deram resultado, então a exposição no Consuni foi necessária.

O dia 09/02/2023 foi um dia de luta e tudo no CAp, ao longo de 75 anos de história, foi conquistado com luta.

Aulas começam normalmente na sede Lagoa com remanejamento de alguns professores de NEEI e SOE do turno da tarde para o turno da manhã.

A APACAp indagou como as aulas começariam, já que o problema da falta de professores não seria resolvido em um dia ou em uma semana. Segundo a DG, além dos editais que estão correndo, houve remanejamento de alguns professores do turno da tarde para o turno da manhã, mas que é necessário “viver um dia de cada vez”, por mais que seja difícil para as famílias e que a partir da reunião com a reitoria e PRs a ser realizada na sexta terá uma posição melhor sobre o futuro.

A APACAp alertou à DG que os responsáveis dos alunos foram surpreendidos e ficaram confusos com o envio de uma carta de um “Coletivo de docentes do CAp”, até então desconhecido pelos responsáveis, e que os problemas da falta de professores e da sede de Fundão já eram pautas antigas do colégio, inclusive reinvindicações da própria APACAp ao longo do tempo.

A APACAp reafirmou que as reivindicações dos professores são legítimas, mas que a forma como ocorreu causa estranheza aos responsáveis e à APACAp. Segundo a DG, o movimento ocorreu após a plenária do dia 04/02/2023, chamando a APACAp para reunião do dia 08/02/2023, mas que não foi possível a realização da reunião antes do Consuni.

Ao ser indagada de que a demanda dos professores não teria sido surpresa, foi dito que o resultado das vagas dos professores, via ranking, saiu apenas no final do ano, durante as férias, tendo sido seguida toda a burocracia da UFRJ, com recursos ao CEG, expedição de ofícios, reuniões internas e externas, tendo sido realizada reunião de coordenadores durante o recesso para ver quais professores aceitariam passar para 40 horas semanais.

A DG fez uma fala clamando que as famílias não briguem com a escola, mas que lutem junto com a escola, afirmando que o Coletivo de Professores fez uma carta muito respeitosa e que a ida dos professores ao Consuni resultou em uma pressão positiva em cima da UFRJ. Foi explicado ainda que a ida ao Consuni pelos professores também é trabalho.

ITEM 4 – OUTROS ASSUNTOS

O estabelecimento do novo horário de aulas do CAp UFRJ foi adiado até a resolução do problema de professores.

A reunião com a reitoria, PRs, ETU e GIRAC englobará além dos assuntos da sede Fundão, contratações de professores e cuidadores. Será abordada também a questão da obra na quadra da sede Lagoa.

APACAp questionou o quantitativo de professores sob licença para realização de mestrado e doutorado e nos foi informado que o número de licenças é de 10 professores, e que tal quantitativo não causa impacto na questão da falta de professores.

A APACAp indagou o quantitativo de professores em sala de aula e foi informado que são 94, sendo 56 doutores, para mais ou menos 800 alunos.

Foi pedida explicação da APACAp sobre a distribuição de professores ante a proporção de quase 1 professor para 8 alunos e nos foi dito que além da gama de aulas diversificadas, como música, dança, três línguas estrangeiras, inclusive para Ensino Fundamental, o CAp é uma escola sob a égide da UFRJ, então está baseada no tripé de ensino, pesquisa e extensão, sendo a carga horária dividida em 20 horas de aula, que inclui planejamento de aula, e 20 horas para pesquisa e extensão, com licenciandos e projetos de extensão, como o CAp Popular.

Por fim, a APACAp perguntou sobre o encerramento do calendário em novembro, sendo esclarecido que há conselho de classe após a prova final, duas semanas de aula de recuperação, prova de recuperação, vista de prova e conselho de classe final para poder encerrar em 18 de dezembro.

Encerrada a reunião às 18h15min.

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