Após receberem na agenda escolar em 16/06, a Carta à comunidade capiana, assinada por “Docentes do Colégio de Aplicação da UFRJ”, informando da paralisação das atividades didáticas no CAp na próxima sexta-feira, um grupo de pais de alunos do Ensino Fundamental, insatisfeitos e inconformados com a possibilidade de mais uma paralisação das atividades escolares, redigiu uma carta aberta aos docentes e à direção do CAp UFRJ, que reproduzimos à seguir.
Prezados Docentes e Direção do CAp-UFRJ,
Em resposta ao comunicado recebido ontem, que anuncia paralisação das atividades didáticas na próxima sexta-feira, 19/06, os Responsáveis vêm externar sua preocupação com a condução dos rumos das reivindicações.
É fato que muito tem a ser conquistado, pelos atuais e futuros alunos do CAp-UFRJ, bem como pelos Docentes. No entanto, É IMPRESCINDÍVEL que qualquer reivindicação SEMPRE RESGUARDE O DIREITO DAS CRIANÇAS À EDUCAÇÃO.
Não é demais ressaltar que, por motivos alheios aos Docentes e Discentes, as aulas se iniciaram em 23 de MARÇO no corrente ano, portanto, cerca de um mês e meio após o calendário previsto, lembrando ainda ‘enforcamento de feriados’ e outras paralisações, tudo sem que, até o momento, tenha havido um dia sequer de reposição. Há o risco, portanto, de prejuízo pedagógico para as crianças e laborativo para os Responsáveis, com mais esta suspensão.
O principal motivo desta resposta é que, recentemente, em Assembleia dos Professores da UFRJ, a maioria dos Docentes, por 300 votos a 199, deliberou por não aderir à greve nacional. Além disso, não foi decidida nenhuma paralisação.
Assim, reconhecendo a relevância e envergadura das questões objeto de reivindicação, pedimos que essas não sejam feitas com prejuízos dos estudantes, mantendo-se as aulas nos dias e horários normais.
Apoiamos as reivindicações desde que elas próprias não venham a se transformar em ainda mais prejuízo para os alunos e suas famílias.
Cordialmente,
Parabéns pela missiva enviada a Direção do CAP/UFRJ. Esta cada vez mais difícil aceitar as arbitrárias paralisações na área de educação.