Em reunião do sindicato nacional da categoria, docentes resolvem cruzar os braços no próximo dia 19 de março
Professores universitários em todo o país vão cruzar os braços no dia 19 de março de março. A medida faz parte do Plano Nacional de Lutas, definido neste fim de semana durante o 33º Congresso do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), em São Luis (MA).
A categoria representa cerca de 70 mil professores de universidades e instituitos federais, além de algumas faculdades estaduais. Em 2012, o Andes esteve à frente da greve de 135 dias que paralisou a maioria das universidades federais.
Naquele ano o motivo principal para a paralisação era a questão salarial, mas, desta vez, o sindicato quer exigir do governo medidas contra a “precarização do trabalho” dos professores, provocada em grande parte, segundo eles, pela “expansão desordenada” do ensino superior público a partir do Reuni. A categoria também exige melhoria nos planos de carreira.
De acordo com a presidente do Andes, Marinalva Oliveira, do dia 19 a 28 de março, assembleias dos sindicatos em cada universidade vai deliberar sobre os próximos passos do movimento. Já entre os dias 29 e 30 do mesmo mês, uma reunião nacional vai acolher o resultado de cada entidade sindical. Ao fim do processo, sindicalistas podem votar pela greve nacional.
– Por enquanto, estamos pedindo para que os professores intensifiquem no plano local nosso plano de lutas – explicou Marinalva.
Servidores em greve Dois dias antes da paralisação dos professores, no dia 19 de março, cerca de 180 mil servidores de universidades e institutos federais começarão a greve na categoria. Serviços como documentação de secretarias acadêmicas podem ser afetados.
A principal reivindicação é o reajuste dos salários, que teriam sido desvalorizados pela inflação nos últimos anos. Sindicalistas argumentam que, desde a última greve do setor, junto com a última paralisação dos professores, finalizada em setembro de 2012, o governo federal concedeu aumento de 15%, dividos em três parcelas anuais de 5%, sendo o último pagamento marcado para de 2015. A elevação não teria coberto a inflação do triênio.
(Leonardo Vieira/O Globo)
|
Deixe uma Resposta