Considerações dos pais e responsáveis dos alunos do CAp-UFRJ sobre a questão de furtos na escola
Obs. Essas considerações foram sintetizadas das comunicações feitas por pais, mães e responsáveis de alunos nos fóruns online (Yahoo! e Facebook) e na reunião presencial no dia 29 de junho de 2013, que contou com a presença de 20 (vinte) pais/responsáveis dos três segmentos (EF1, EF2 e EM).
Motivo deste documento
A questão de furtos na escola foi levantada primeiro nos fóruns online, começando com o relato da perda de um livro, seguido por dois relatos de perda de dinheiro levado por alunos para comprar um livro e como contribuição de fotocópias. Depois desse relato, outros pais/responsáveis se manifestaram nos fóruns online com informações sobre casos parecidos – livros, dinheiro, celulares, roupas e outros pertences perdidos ou furtados – e do aparente despreparo da escola ao lidar com esses casos. Daí surgiu a sugestão de se ter uma reunião presencial para discutir o assunto.
Os pais e responsáveis constataram:
– que, diferentemente do que alegam os diretores adjuntos, os furtos começam desde o primeiro ano do ensino fundamental e não se trata de um fenômeno restrito ao segundo segmento do EF, embora pareça ficar mais visível e/ou mais frequente nesse segmento;
– que existe uma subnotificação generalizada de casos de perda e furto;
– que, quando perdas e/ou furtos de objetos de valor são notificados, o ônus é sempre na vitima (“Por que trouxe algo tão valioso para a escola?”);
– que a subnotificação existe porque a percepção dos pais é que o colégio não age efetivamente para a resolução dos casos;
– que pouco caso é feito pela DAE quando são relatados casos de furto, e que chegam a tratar de “normal” o furto no ambiente escolar;
– que alguns casos de furto mais sérios são tratados esporadicamente, mas que falta uma abordagem coerente que trate do assunto de maneira abrangente, além da comunicação aos pais a respeito de ações tomadas;
– que em algumas situações pontuais a SOE trabalha em conjunto com a DAE para tratar do problema em conjunto com os pais diretamente envolvidos, mas que os outros pais e os alunos não tomam conhecimento dessas ações, o que pode gerar uma sensação generalizada de impunidade, incentivando, inclusive, que outros fatos semelhantes ocorram;
– que alguns casos tidos como furtos podem ser causados pela falta de cuidado para com os pertences alheios (material emprestado e não devolvido; objetos esquecidos e não entregues na DAE);
– que falta uma orientação para os alunos e os pais (e funcionários e terceirizados?) sobre o procedimento correto em caso de achados e perdidos;
– que falta um aspecto moral explícito no currículo escolar que explicite a importância do cuidado para com o outro.
Os pais e responsáveis sugerem:
– que os pais/responsáveis registrem todo caso de perda / furto por escrito – via email e/ou num livro de ocorrências – na DAE. (Se não existe livro de ocorrências, sugere-se que seja criado.) A situação não se pode mudar sem primeiro ser conhecida a extensão do problema.
– que os pais/responsáveis questionem seus filhos quando encontram algo desconhecido em casa, e que devolvam objetos que não são dos seus filhos (os fóruns online podem ser usados nessas situações);
– que os pais/responsáveis orientem seus filhos a procurarem a DAE quando perdem e encontram objetos, e que sempre avisem aos pais quando perdem alguma coisa.
Os pais e responsáveis desejam:
– entender a politica da escola referente à questão de furtos;
– discutir essa politica com a escola para entender se atende às necessidades atuais;
– trabalhar em parceria com a escola para ajudar a mapear e tratar da questão de furtos na escola, tendo em vista que se trata de uma questão de educação no sentido amplo da palavra;
– ajudar o CAp a criar um ambiente social exemplar para a formação de cidadãos conscientes.
Deixe uma Resposta